Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
| Trecho de poesia medieval portuguesa |
|---|
| Das que vejo |
| non desejo |
| outra senhor se vós non, |
| e desejo |
| tan sobejo, |
| mataria um leon, |
| senhor do meu coraçon: |
| fin roseta, |
| bela sobre toda fror, |
| fin roseta, |
| non me meta |
| en tal coita voss'amor! |
| João de Lobeira (1270?–1330?) |
O português arcaico desenvolveu-se no século V d.C., após a queda do Império Romano e as invasões bárbaras, como um dialecto românico, o chamado galego-português, que se diferenciou de outras línguas românicas ibéricas. Usado em documentos escritos desde o século IX, o galego-português tornou-se uma linguagem madura no século XIII, com uma rica literatura. Em 1290 foi decretado língua oficial do reino de Portugal pelo rei D.Dinis I. O salto para o português moderno dá-se no renascimento, sendo o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516) considerado o marco do seu início. A normatização da língua foi iniciada em 1536, com a criação das primeiras gramáticas, por Fernão de Oliveira e João de Barros.
A partir do séc. XVI, com a expansão da era dos descobrimentos, a história da língua portuguesa deixa de decorrer exclusivamente em Portugal, abrangendo o português europeu e o português internacional. Em 1990 foi firmado um tratado internacional com o objetivo de criar uma ortografia unificada, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, assinado por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário